8 de ago. de 2017

DE ONDE VENHO

Venho de uma terra,

onde nos campos canta a seriema,

nas capoeiras pia o inhambu,

onde as montanhas são onduladas,

os vales cobertos de névoas.               

 

Venho de uma terra,

onde o céu é mais azul,

o sol mais radiante,

a noite mais fagueira,

a lua mais graciosa.

 

Venho de uma terra,

onde a aurora é mais bela,

o crepúsculo mais dourado,

o arco-íris mais colorido,

os passarinhos mais cantantes.


Venho de uma terra,

dos doces e das quitandas,

do queijo com goiabada,

do berrante e das boiadas,

dos tropeiros nas estradas.


Venho de uma terra,

onde a dança é a catira,

o violão é a viola,

o fandango é o pagode,

a bebida é a pinga.


Venho de uma terra,

onde o povo diz uai e sô,

a prosa tem seu lugar,

as igrejas são centenárias,

as orações cheias de fé.


Venho de uma terra,

onde nasceu o paraíso,

onde o mar quis morar,

onde o céu tem estrelas,

a vida felicidade.


Eu venho das Minas Gerais,

uma terra sagrada,

que levo para onde vou,

dentro da alma  e do coração.

 

José Batista de Queiroz