27 de set. de 2011
Democracia e Corrupção
12 de set. de 2011
Ser Soldado
28 de jul. de 2011
MAIORIDADE PENAL
3 de jul. de 2011
LEI Nº 12.403/2011
5 de jun. de 2011
FINANCIAMENTO PÚBLICO DE CAMPANHA
22 de mai. de 2011
CASO PALOCCI
13 de mai. de 2011
EROSÃO DA LIBERDADE
Os filósofos humanistas acreditavam que a razão humana é onipotente e ilimitada. Francis Bacon chegou a afirmar que: "a ciência e a lógica podem resolver todos os problemas e ilustrar a infinita perfectibilidade do homem".
Sob a idolatria da razão, o iluminismo relativizou os alicerces culturais da nossa civilização, privando-a dos referenciais de comportamento que regiam a própria sobrevivência social.
Posteriormente, a insatisfação popular dos novos tempos abrigou-se nas ideologias fratricidas, fazendo grassar a instabilidade. E a religião foi sendo relegada, como "o ópio do povo".
Parece surpreendente, mas a transformação acelerada dos costumes sociais, que se observa no mundo moderno, não resulta de um processo espontâneo.
Embora admitindo-se que a concentração urbana e a educação do povo favorecem a conscientização, é inegável que a luta pelo poder domina a motivação da maior parte dos fenômenos midiáticos de massificação.
Atualmente, a dialética de formação da opinião pública virou campo de batalha revolucionário. Antes, a força das armas era o último recurso para submeter resistências a interesses vitais. Hoje, é o apelo à propaganda e à mobilização.
A ideologia gramscista intenta subjugar a sociedade, forçando a sua transformação cultural. Para isso, substituiu a luta de classes da doutrina de Marx pela decantada "luta por hegemonia".
A luta pela hegemonia consiste na defesa de uma idéia minoritária contra o senso-comum tradicional, a fim de levar a maioria das pessoas a aceitá-la como politicamente correta, mudando o seu modo de pensar.
O problema é que não se sabe quem define o politicamente correto; e se a idéia inoculada é válida, justa ou conveniente.
O livre-arbítrio permite, por exemplo, que as pessoas homo afetivas vivam como quiserem, cabendo-lhes o respeito alheio às opções de sua preferência. Contudo, impor o seu ponto de vista ao conjunto da sociedade é um contra-senso ao aforismo aristotélico de que "o todo deve, necessariamente, ter precedência sobre as partes".
A agenda de luta por hegemonia é permanente e prolífica de temas com potencial de conflito, como: racismo, "bullying", violência doméstica, machismo, homossexualismo, fumo e muitos outros.
As técnicas mais sutis e criativas de publicidade abusam do sofisma, para convencer uma maioria descuidada. Uma análise superficial do cotidiano permite identificar a engenhosidade dessas campanhas, como podemos observar nos casos abaixo.
"A responsabilidade pelo comportamento violento das pessoas cabe às armas de fogo". Portanto, devem ser proibidas.
"O que impede as pessoas de cor de ingressarem na universidade é o racismo do povo". Portanto, deve ser corrigido pela imposição de um sistema de cotas raciais.
"Os pais abusam naturalmente de seus filhos". Logo, cabe ao Estado dotar os conselhos tutelares de uma atribuição policial.
"O castigo é abominável, por deformar a personalidade da criança". Assim, deve ser criminalizado.
Aprendemos da sabedoria popular que "a ociosidade é a mãe de todos os vícios". No entanto, hoje, "o trabalho infantil é exploração". Logo, se uma mãe atribui à criança uma tarefa doméstica, arrisca-se a perder o pátrio poder.
Reprimido artificialmente um costume natural, resta em seu lugar um vácuo de padrão, passível de ser preenchido pela sugestão do comportamento projetado, o "politicamente correto".
Após assimilado pelo povo, o novo padrão é imediatamente transformado em legislação. Dessa forma, o direito avança agressivamente sobre o campo da moral, produzindo uma sociedade "controlada". A cada avanço, a liberdade individual fica diminuída.
A sociedade, perplexa e desprotegida, assiste à progressão dos disparates. Um bandido que arrasta e dilacera o filho para roubar o carro da mãe é resguardado por lei, simplesmente, por ser menor de dezoito anos, ignorando-se o direito da coletividade à legítima defesa.
Existem exemplos de que a História se repete, por falta de atenção. Duas gerações após o trauma da Revolução Francesa, Alexis de Tocqueville escreveu que o delírio dos franceses por reformas toldou-lhes a visão dos fatos, levando-os a abstraírem os valores que haviam inspirado a própria revolução. "A primeira vítima, tombada na guilhotina, foi a fraternidade. A igualdade ficou postergada para o futuro, nas trincheiras dos novos proprietários rurais. E a liberdade dissipou-se, progressivamente, no sorvedouro da massificação e da centralização administrativa".
Se o bom-senso natural for absorvido pelo turbilhão do senso comum artificial, em pouco tempo, teremos uma população de neuróticos e psicopatas. O caráter brasileiro terá perdido a irreverência espontânea e a alegria. E um povo triste é uma sociedade infeliz.
Tudo isso, porém, carrega uma intenção oculta, um fim político desconhecido.
A quem tem "olhos de ver" e "ouvidos de ouvir", despertar é preciso!
5 de mai. de 2011
Homenagem aos Pracinhas Brasileiros.
Gen Ref José Batista de Queiroz (*)
Dia 8 de maio se comemora o Dia da Vitória. Muitos desconhecem essa data. Outros tantos esqueceram. A história dos heróis é assim: sempre esquecida. Dia 8 de maio de 1945, a Alemanha assinou a sua rendição às Forças Aliadas. Era o fim da II Guerra Mundial na Europa. Ela envolveu o mundo, o mundo inteiro. Deixou milhões e milhões de mortos, mutilados, desaparecidos.
Pela primeira vez na nossa história, o povo pediu a guerra. Queria a vingança dos 740 brasileiros mortos e dos 19 navios afundados. Em julho de 1942, o Brasil entrou na guerra. Com apenas 40 milhões de habitantes, deveria enviar para a Itália 70.000 soldados. Só conseguiu mobilizar 25.000. O armamento era obsoleto; a doutrina de combate, ultrapassada. Mesmo não tendo padrões antropométricos e sanitários adequados, o soldado vestiu o seu uniforme, pegou o seu fuzil e embarcou para a Europa, em julho de 1944. Lá, nos campos gelados da Itália, lutou contra um dos melhores soldados do mundo – o soldado alemão. O nosso pracinha mostrou o valor de nossa gente. Sem experiência de combate, adaptou-se rapidamente à guerra, num ambiente desfavorável, lutando na neve, no frio, na lama. Dentro das trincheiras, enfrentou as balas e as bombas inimigas. Para desalojar o alemão das suas posições fortificadas, atacou, incessantemente, do sopé para as alturas, com coragem e heroísmo, sem temer a morte. Mostrou que na guerra é valente e destemido. Combateu durante 239 dias, sem parar. Fez mais de 20.000 prisioneiros. Morreram 451 soldados brasileiros. Em 8 de maio de 1945, a Alemanha se rendeu. O nosso pracinha cumpriu o seu dever, honrou a sua Pátria e, na volta, foi recebido com flores e aplausos. Foi recebido como herói.
Mas hoje está esquecido. Poucos se lembram deles. Muitos desconhecem o seu heroísmo, a sua epopeia, a sua coragem. Não lhe prestam mais homenagens. Eles foram lutar pela liberdade e muitos deixaram a sua vida nos campos da Itália. As pessoas de hoje não sabem o que é uma guerra. Desconhecem a vida nas trincheiras, o medo da noite, a incerteza da escuridão. Nunca ouviram o sibilar das balas e o rugir dos canhões. Na guerra, não se sabe onde está a vida e onde está a morte. Por isso, os nossos pracinhas são os meus heróis de verdade. Honraram as cores de nosso Pavilhão. Eles motivaram um novo Brasil. Despertaram a nossa gente para o seu futuro. Infelizmente, poucos sabem disso...
Assim é a vida dos heróis.
(*) Membro da Academia de História Militar Terrestre do Brasil.
17 de abr. de 2011
Saudades do Batalhão da Saudade
Nos anos 60, os jovens convocados para prestarem o serviço militar obrigatório, em Brasília, eram do interior de São Paulo. Ficavam um ano longe de suas famílias. Depois retornavam para as suas cidades e pouco se encontravam. Após 25 anos da baixa da turma de 1965, criaram em Franca-SP uma associação, à qual deram o nome de Batalhão da Saudade. No início, reuniram-se os granadeiros dos anos 60 e, posteriormente, todos os demais passaram a ser convidados.
A cada ano, eles se reúnem numa determinada cidade do interior de São Paulo. Nesses encontros, revêm os amigos, relembram as coisas da caserna, recordam os bons tempos de soldado que não voltam mais. Alguns levam a esposa, os filhos, os netos. As dificuldades por que passaram, as saudades que sangraram seus corações, as emoções que fluíram em seu corpo, as recordações que ficaram eternizadas em suas almas, tudo isso criou neles um vínculo de companheirismo, um laço de amizade, uma união inseparável.
No dia 26 de março de 2011, esse encontro do Batalhão da Saudade realizou-se na cidade de Ibitinga-SP, cuja autonomia político-administrativa data de 1890. O nome é de origem tupi-guarani e quer dizer "terra branca". Sua população é de 83.000 habitantes. É conhecida como a cidade dos bordados. O grande segredo do sucesso dos bordados é a qualificação da mão-de-obra.
O encontro em Ibitinga foi um grande sucesso. O Batalhão da Guarda Presidencial levou a sua Banda de Música e um Pelotão para prestigiar o encontro. A apresentação da Banda e a demonstração do Pelotão, na Praça Jorge Tibiriçá, foram muito admiradas e aplaudidas por moradores da cidade, granadeiros e seus familiares. Foi uma festa de confraternização de companheiros e amigos. Os veteranos do BGP se encontravam e se abraçavam, relembrando os velhos tempos de caserna, aqueles tempos que passaram longe da família, com saudade da terra natal, mas cumprindo o seu dever de cidadão. Foram tempos de emoções, de aventuras, de muitas histórias, histórias que só eles sabem. Esses granadeiros de ontem são inesquecíveis no Batalhão da Guarda Presidencial. Lá deixaram o seu exemplo de soldado e parte da história de suas vidas. Parabéns granadeiros pelo 22º Encontro do Batalhão da Saudade.
14 de abr. de 2011
REFORMA POLÍTICA
Estão sendo discutidas no Congresso Nacional as bases para a reforma política. Existem aspectos que devem ser repudiados pela sociedade. Um deles é o financiamento público de campanha. A saúde, a educação, a segurança e a infraestrutura do país estão em precárias condições. A justificativa é a falta de recursos. Se não há dinheiro para atender a essas necessidades, agora querem usar o dinheiro do contribuinte para financiar campanhas políticas. É muita safadeza. É colocar o interesse da classe política acima dos interesses do cidadão e da sociedade. Outro ponto que constitui um verdadeiro acinte à inteligência do eleitor é a chamada lista fechada. O eleitor não poderá mais escolher o seu representante no Congresso. Os caciques de um partido escolhem aqueles que irão compor a lista. O eleitor votará no partido e os primeiros da lista serão os eleitos. Isso nada mais é do que o continuísmo da oligarquia. Essa lista é a porta aberta para a corrupção dentro do partido. Isso não oferece abertura para uma renovação do poder político. Sem renovação não há esperança. Sem esperança não há democracia. Dessa forma os caciques continuarão comprando votos e mandando no país. Isso nada mais é do que a abolição do voto direto. Será, portanto inconstitucional. A Constituição Federal é clara no seu §4º do Art 60 que diz: Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendentes a abolir: I - ......II – o voto direto,... Um aspecto que seria muito saudável para a democracia seria a proibição de coligações partidárias nas eleições. As coligações deveriam ser realizadas após o pleito eleitoral, visando a garantir a governabilidade. As coligações anteriores ao pleito estimulam a existência de partidos pequenos, que vendem o seu tempo na TV para os grandes. O importante para a democracia é que todos os candidatos tenham a mesma oportunidade nas eleições. As doações de campanha, feitas por pessoa jurídica, deveriam ser proibidas, visando a reduzir a influência do poder econômico. Atualmente, grandes empresas fazem doações substanciais para os candidatos com maior possibilidade de vitória e, depois, cobram a conta no superfaturamento de obras públicas ou em benefícios financeiros. Por outro lado, as empresas que patrocinaram candidatos derrotados são retaliadas pelo governo após as eleições. A redução do poder econômico nas eleições melhora o perfil da democracia.
13 de mar. de 2011
Democracia e Democracia
16 de jan. de 2011
Brasil: Passado, Presente e Futuro
A partir de 1950, o Brasil tem passado por grandes mudanças em seu cenário econômico. Antes do governo de JK, o país era essencialmente litorâneo. Com a construção de Brasília, ele adquiriu uma dimensão continental. A implantação da primeira montadora de automóveis provocou uma nova fase na industrialização brasileira. Depois vieram os governos militares com os Planos de Metas. Graças a esses planos, o país sofreu transformações estruturais, ganhando uma infraestrutura que deu força ao desenvolvimento. Os grandes vetores dessa infraestrutura foram as comunicações, o setor energético, a rede viária e o setor portuário. Outro grande momento do Brasil foi o Plano Real, implantado pelo governo Itamar Franco. Com esse plano, o país adquiriu a estabilidade monetária. A inflação era, até então, o calcanhar de Aquiles do nosso desenvolvimento. No governo Fernando Henrique, o Plano de Privatizações reduziu o tamanho do Estado na economia, ocasionando um aporte grande de capitais externos e uma expansão extraordinária de determinados setores, como telecomunicações e mineração. Nesse período, o Brasil sofreu também uma verdadeira invasão de montadoras de automóveis. No governo Lula, a continuidade dos fundamentos macroeconômicos e a estabilidade institucional aumentaram a confiança externa e interna no Brasil, atraindo grandes investimentos estrangeiros. O Programa de Distribuição de Renda reduziu a miséria no país, dando mais mobilidade social às classes menos favorecidas. A política salarial adotada pelo governo proporcionou, por outro lado, um ganho real do poder aquisitivo da população. Com isso, o mercado interno passou a ter uma importância acentuada na economia. O crescimento desse mercado e a diversificação das exportações - em produtos e países - trouxeram estabilidade para a economia brasileira.
No presente, o país enfrenta algumas dificuldades. A valorização do real, além de causar déficit nas contas externas, vem prejudicando a indústria nacional. Mas essa valorização, por outro lado, barateia a importação de equipamentos, possibilitando uma modernização do parque industrial. A taxa de investimento do país é muito pequena, por causa da reduzida poupança interna e dos gastos expressivos do governo com a máquina pública. Isto, em parte, é compensado pelo crescente fluxo de capitais externos. Numa economia globalizada, os mercados são cada vez mais competitivos. A burocracia estatal, a carga tributária, a alta taxa de juros e a deficiência na infraestrutura encarecem a produção e criam um ambiente desfavorável para o crescimento da economia. Além desses fatores negativos, a qualidade do ensino e da mão-de-obra inibe o desenvolvimento. Mas existem também aspectos positivos. O país possui uma economia estável, forte e diversificada. O mercado interno está em ritmo crescente de expansão. Aumenta o índice de confiança - externo e interno – na consolidação da democracia e na estabilidade das instituições. A estabilidade monetária mostra solidez e maturidade. A oferta de emprego, ao contrário dos países ricos, está crescendo. Os investimentos externos apresentam um perfil de diversificação. Outro aspecto extremamente favorável é a recente descoberta de grandes reservas de petróleo. Em resumo, a economia brasileira é forte e dinâmica. Não apresenta sinais de cansaço ou estagnação como em outros países. O país tem um enorme potencial para crescer.
O cenário brasileiro aponta para um futuro bastante promissor. Os fatores favoráveis ao crescimento econômico são extremamente favoráveis. A confiança externa no país cresce e, com ela, o fluxo de capitais. Com a exploração das novas reservas, o Brasil poderá passar de importador a exportador de petróleo. Se adotadas as medidas necessárias para manter o país dentro dos parâmetros atuais, a economia brasileira ocupará, muito em breve, um lugar de destaque entre as economias mundiais. Temos tudo para dar certo. Agora é contar com a sorte e aproveitá-la.
2 de jan. de 2011
SEGUINDO EM FRENTE...
Cláudio Moreira Bento e José Batista de Queiroz (*)
Mesmo amargando revanchismos implícitos e discriminações injustas, o soldado continua seguindo em frente, de cabeça erguida e olhar firme, pensando no cumprimento do dever. Ele é o braço armado do povo ao qual serve com dedicação e entusiasmo.
A sua força não está nas armas, mas nas configurações do seu caráter. São valores que despertam respeito, confiança e admiração. Não são as injustiças, as inverdades, as manipulações e deturpações de sua História que o impedem de seguir em frente.
Esses valores são conhecidos como virtudes militares, repassadas de gerações para gerações. Elas são indispensáveis ao eficiente exercício da profissão. É com elas brilhando no peito que o soldado continua seguindo em frente.
Essas virtudes são qualidades morais, inseparáveis dos uniformes militares. A honra, o devotamento, a moralidade, o decoro, a ética cintilam em sua alma do como se fossem estrelas no ceu e o impelem a seguir em frente.
A dureza e as adversidades da guerra exigem do militar valores adicionais, que permitem cumprir a missão, mesmo que seja necessário desprezar o perigo e sacrificar a vida. Com abnegação, coragem, bravura e iniciativa, o verdadeiro soldado continua seguindo em frente.
As investidas maliciosas, as depreciações salariais, as reduções orçamentárias, a extinção de benefícios, nada disso tira o colorido dos uniformes ou o entusiasmo de um soldado. Mesmo com tantas pedras colocadas em seu caminho, ele continua seguindo em frente.
O militar não tem compromisso com o poder, mas com a Pátria, no fiel cumprimento de sua destinação constitucional. Não importa a coloração partidária de quem exerce esse poder. É pensando no seu País e na grandeza de suas virtudes que ele continua seguindo em frente.
É embalado por essas virtudes e cantando esta canção que o soldado segue em frente: "Nós somos da Pátria a guarda, fiéis soldados, por ela amados. Nas cores de nossa farda, rebrilha a gloria, fulge a vitória... A paz queremos com fervor, a guerra só nos causa dor. Porem, se a Pátria amada, for um dia ultrajada, lutaremos com fervor."
A profissão militar tem, nos equipamentos bélicos, o seu meio de adestramento. As virtudes exigidas nessa profissão precisam, portanto, ser fortes e consistentes. A hierarquia e a disciplina fundamentam o ordenamento jurídico e constituem a matriz dessas virtudes. Sem elas, o soldado não pode continuar seguindo em frente.
Além dos valores já mencionados, existem outros que se abrigam na alma de um soldado, como a virtude da verdade, da camaradagem, da lealdade, do dever. A beleza da profissão não está no colorido dos uniformes, mas no conjunto desses valores, que dão coragem ao militar para seguir em frente.
A grandeza das instituições castrenses está na solidez das virtudes militares, ensinadas a todos e cobradas de todos. Elas são a identidade dos soldados, sejam eles praças ou oficiais, estejam eles na ativa ou na reserva. Elas guiam os que continuam seguindo em frente.
As virtudes militares são o passado, o presente e o futuro das Forças Armadas. Sem elas, os militares não vencerão as dificuldades e as adversidades. Sem elas, não terão ânimo para continuar seguindo em frente, lutando pelo Brasil e, se preciso for, morrer na defesa de sua soberania e integridade.
Essas virtudes nunca sentiram agonia, tristeza ou solidão no peito de um verdadeiro soldado, marinheiro ou aviador. Dentro dos uniformes, elas sentem o mais puro sabor da vida. Elas são eternas como o ceu, nobres como o Rei, sagradas como o templo.
(*) Membros da Academia de História Militar Terrestre do Brasil