Diz o governo que faltam recursos para a educação, a saúde, a segurança e a infraestrutura. Estes quatro vetores são de responsabilidade exclusiva do Estado. Se ele não pode cumprir esta missão por falta de recursos, como entender que pode gastar o dinheiro do contribuinte para financiar campanhas políticas! É uma verdadeira contradição e desrespeito ao cidadão. As campanhas devem ser financiadas pelos próprios partidos, pelos filiados, pelos candidatos e por doações de pessoas físicas. As pessoas jurídicas devem ser proibidas de fazer doações, para evitar a influência do poder econômico na campanha e, posteriormente, no governo. O que atualmente acontece é que as grandes empresas fazem doações generosas e depois cobram a conta com o superfaturamento de obras e serviços. E é exatamente nisso que está o erro e o pecado, porque é aí que está a origem da corrupção.
O PT é o partido político que mais defende esse financiamento de campanha na reforma política. Parece não estar mais tão preocupado em combater a corrupção como fazia antigamente. O exercício do poder realmente muda a cabeça das pessoas. Hoje em dia não há diferença alguma entre ele e os outros partidos políticos. No começo até que eu acreditava na honestidade e na sinceridade de propósitos do PT. Parece que o exercício do poder se encarregou de fazer emergir a verdade. Ela não pode ser mascarada por muito tempo. Um dia aparece. Só não a vê quem não quer.