29 de mar. de 2010

"Esquerda e Comunismo - Capítulo 2"

José Batista Queiroz

No início de 1964, milhares e milhares de pessoas, nas principais cidades do país, saíram às ruas em passeata contra as ameaças de implantação de um regime comunista no Brasil, por parte de João Goulart. Os jornais da época noticiaram toda essa mobilização da sociedade. Basta consultá-los. Em março de 1964, as forças contrárias ao comunismo, lideradas pelos Governadores de São Paulo (Adhemar de Barros), Rio de Janeiro (Carlos Lacerda) e Minas Gerais (Magalhães Pinto), desencadearam a contra-revolução. Não houve nenhum tiro, nenhuma morte. O Apoio da sociedade à causa democrática foi total. Inconformada com a derrota, a esquerda radical se organizou em guerrilha urbana e partiu para ações terroristas. De 1964 a 1968, antes da edição do AI-5, os terroristas assassinaram 19 pessoas a sangue frio e com violência.

Muitas dessas vítimas não tinham nada a ver com a contra-revolução. Eram cidadãos comuns, como vigia, fazendeiro, bancário, trabalhador. Em 20/03/68, antes da edição do AI-5, Orlando Levicchio Filho, um jovem civil de 22 anos, que ia para o trabalho, teve a perna amputada devido à explosão de uma bomba, colocada na embaixada americana em São Paulo por Diógenes Carvalho Oliveira (hoje Diógenes do PT), que tinha feito curso de explosivos em Cuba. Levicchio nunca recebeu nenhuma indenização por parte do Estado e Diógenes, o terrorista, recebe uma pensão de R$1.627,00 . A ação terrorista mais violenta foi realizada em 1966 no Aeroporto de Recife, na qual morreram um Almirante aposentado e um Jornalista, além de 17 pessoas gravemente feridas. Foi idealizada pelo Padre Alípio de Freitas, que tinha acabado de realizar um curso de guerrilha em Cuba. A maioria dessas ações foi pratica pela VPR (Vanguarda Popular Revolucionária), à qual pertencia Dilma Roussef.

O crime mais bárbaro foi contra um soldado recruta (Mário Kozel Filho), de sentinela no QGEx em São Paulo (1968), que morreu despedaçado com a explosão de um carro-bomba. Outro foi contra um Capitão do Exercito americano (1968), aluno de Sociologia na Fundação Álvares Penteado, condenado à morte por um Tribunal Revolucionário - composto por três terroristas - e executado na porta de sua casa, na presença da esposa e dos filhos, com vários tiros de revólver e metralhadora INA. Diógenes Carvalho Oliveira (hoje Diógenes do PT) participou dessa execução e de mais 4 assaltos e 3 atentados a bomba.

Nenhuma das 19 vítimas fatais e das dezenas de pessoas que ficaram inválidas por causa dos atentados, praticados por terroristas entre 1964 e 1968, recebeu qualquer tipo de reparação pecuniária. Os terroristas, porém, receberam polpudas indenizações e aposentadorias. As organizações guerrilheiras foram financiadas e treinadas por Cuba e União Soviética. Seu objetivo não era restaurar a democracia, como dizem hoje, mas implantar um regime comunista. Fizeram parte dessa guerrilha e planejaram ou realizaram ações de roubo, seqüestro, assalto e assassinato muitas figuras que hoje ocupam o poder, como Dilma Roussef, Franklin Martins, Carlos Minc, Juca Ferreira e outros. São essas pessoas que hoje falam em Direitos Humanos e elaboraram o PNDH-3, excluindo da apuração os crimes praticados ou planejados por elas. Estão mentindo para o povo e caluniando a História.

Sem grandes êxitos nas ações urbanas e orientada por Cuba e China, a esquerda comunista desencadeou a guerrilha rural, instalando base em várias regiões do país (Caparaó, Ribeira e Araguaia). A de Caparaó foi inspirada na de Sierra Maestra e financiada por Cuba. A maioria de seus integrantes era formada por ex-militares, expulsos das Forças Armadas. No vale do Ribeira, o mais hediondo de todos os crimes foi praticado por Lamarca, matando, covardemente e sem direito de defesa, o Tenente Mendes, da PM/SP, que havia se entregado como refém. Lamarca matou-o a golpes de coronhadas com fuzil FAL, massacrando o seu crânio.

No vale do Araguaia, um Tribunal Revolucionário da guerrilha condenou o filho de um mateiro (João Pereira) à morte. Em 26/06/1972, foram à casa da vítima, cortaram-lhe as orelhas e depois as mãos, com facão. Em seguida, assassinaram-no com facadas. Tudo foi feito a sangue frio, com requintes de violência e crueldade, na frente dos pais.

Os ex-terroristas, os ex-integrantes da luta armada e os militantes de organizações socialistas buscaram um novo caminho para conquistar e dominar o poder. Infiltraram no Partido dos Trabalhadores e assumiram os postos chaves. Como estratégia para chegar ao poder, amenizaram o discurso radical e vestiram a pele de democratas. Como estratégia para construir um regime socialista/comunista, estão minando, de forma progressiva e sorrateira, os fundamentos da democracia. Escondem as suas reais intenções como as neblinas escondem os vales.

Esta é a história da esquerda no Brasil. Com a derrocada do comunismo, ela se dividiu em esquerda democrática e esquerda socialista. Esta última é a dominante no Brasil, na Venezuela, na Bolívia, em Cuba. Seu objetivo é enfraquecer o capitalismo e a democracia para construir um Estado socialista/comunista. Tem como apóstolos Marx, Trotsky, Lênin e Gramsci. O comunista é teimoso e se guia sempre pela ideologia, nunca pela razão ou pelo direito. Acredita na ideologia mais do que o padre acredita em Deus. É um visionário. É também vingativo, dissociador, autoritário e arrogante. Daí a sua intolerância e rejeição à democracia. A divergência e a pluralidade não fazem parte de seu dicionário ideológico. Minha esperança é que a esquerda democrática se sobreponha a essa esquerda socialista/comunista e possamos continuar na democracia

A esquerda sabe construir um palácio para o socialismo, mas não sabe erguer nem mesmo uma choupana para a democracia.

22 de mar. de 2010

A Atuação da Esquerda no Brasil - Capítulo 1

A Atuação da Esquerda no Brasil - Capítulo 1
José Batista Queiroz

Esta é a história da atuação da esquerda no Brasil e das violências que ela cometeu contra os direitos humanos. Uma história de crimes, traições, terrorismo e assassinatos. Agora, que está no poder, usa o poder para desfigurar a democracia e construir um Estado socialista. Basta ler o chamado PNDH-3 (Programa Nacional de Direitos Humanos) e as Diretrizes Programáticas 2011-2014, aprovadas no 4º Congresso do Partido dos Trabalhadores. O conteúdo de ambos apontam para um Estado
totalitária e não para uma democracia. Todos os regimes socialistas do mundo foram implantados pela esquerda.

Esquerda e socialismo sempre andaram atrelados, como se fossem cães ajoujados. É uma história de cumplicidade e totalitarismo. A esquerda do Brasil, ao contrário da europeia, não tem nenhuma afinidade com a democracia, a liberdade e os direitos humanos, embora use esses termos de forma enganosa e deturpada, para enganar a sociedade. A democracia que ela defende não tem como âncora os ideais da Revolução Francesa (1789), mas aqueles da Revolução Russa (1917). A verdade é que a
esquerda nunca teve nenhum sincronismo com os rituais democráticos.

Seus maiores ídolos e amigos não são os governantes de países democráticos, mas os ditadores espalhados pelo mundo, cujo objetivo é perpetuar-se no poder. Para eles não existe lei, mas vontade e ideologia. Esses ditadores prendem e executam opositores. Cuba, Irã, Venezuela e tantos outros são, para essa esquerda, exemplos de "democracia".

Essa esquerda distorce a História para atender a seus objetivos ideológicos. Hoje, alguns livros de História usados nas Escolas Públicas mostram os revolucionários socialistas/comunistas como heróis da "democracia", quando suas reais intenções eram ou são a implantação de um regime totalitário. Comunismo e democracia não se alimentam na mesma fonte e nem bebem da mesma água. São ideais antagônicos. Um
inclui a liberdade, o outro a sua supressão.

No passado, o socialismo/comunismo era moda. Tentaram, por diversas vezes, implantar no Brasil um regime semelhante ao da União Soviética. Em 1935, sob o comando do Capitão Carlos Prestes e a influência de sua companheira Olga Benário – agente soviética da KGB no Brasil –desencadearam a chamada Intentona Comunista.

O objetivo dessa Intentona era derrubar Getúlio Vargas e estabelecer no país um governo totalitário, com o símbolo da União Soviética. No Rio, militares e civis comunistas assassinaram, na calada da noite e de forma traiçoeira e covarde, soldados inocentes de serviço nos Quarteis. Em Natal, atacaram aquartelamentos do Exército e enforcaram Elza Fernandes, uma pobre moça analfabeta, por ordem de Prestes.Assassinato e desrespeito aos direitos humanos sempre foram a marca
registrada da atuação da esquerda no Brasil.

O período 1930/1937, durante o qual os comunistas atuaram na ofensiva e com violência, foi excluído das apurações sobre violação dos direitos humanos, previstas no PNDH-3. Também foi excluído das investigações o período 1946/1963, como se a História desse saltos no tempo, interrompendo a sua linearidade. Até parece que os períodos excluídos não fazem parte da História do Brasil. Isso mostra o caráter revanchista, tendencioso e ideológico do referido Programa.

Uma das características dos comunistas é a sua persistência. Perseguem o objetivo como o cachorro persegue o osso. Em 1961, criaram a POLOP (Política Operária), uma organização trotkista, onde Dilma Roussef, filha de família abastada, iniciou a sua militância revolucionária. Em 1963/1964 estava em marcha uma revolução para implantar um regime comunista. Em 1963, Miguel Arraes, voltando de havana, disse: "Golpe vai haver ou nosso ou deles. Não sei quem é o primeiro". Francisco
Julião, líder das Ligas Camponesas, disse em Havana: "A revolução comunista no Brasil já tem data marcada: 1º de janeiro de 1964".

A Revolução prevista só não foi desencadeada devido a dissidências internas entre os líderes, mas já estava em avançado grau de organização. No Nordeste, as Ligas Camponesas eram semelhantes a um Exército. Nas Forças Armadas, era significativo o número de adeptos dessa Revolução. Havia, inclusive, planos para a tomada de Quarteis pelas armas. Em Brasília, houve vários ataques, com tiros de fuzil e
metralhadoras, contra aquartelamentos do Exército, fieis à democracia.
Tudo isso está registrado em arquivos. O BGP (Batalhão da Guarda Presidencial) foi cercado e o edifício do atual Comando Militar do Planalto, na Esplanada dos Ministérios, foi também cercado pelos revoltosos e crivado de balas.

No próximo capitulo, vamos descrever a contra-revolução democrática, a derrota da esquerda e a sua atuação até os dias atuais. No último capítulo, mostraremos as ações da esqeurda para construir no Brasil um Estado socialista/comunista.

10 de mar. de 2010

Para Onde Vai o Brasil?

 
General da Reserva Luiz Eduardo Rocha Paiva

No regime democrático, o Estado e as instituições servem à Nação e não a governos e seus programas político-partidários. No regime totalitário, o partido único ou hegemônico é um novo ator, que predomina na relação Nação-Estado. Este último e suas instituições, entre elas as forças armadas (FA), servem ao partido e não à Nação, sobre a qual prevalecem. 

A história mostra que o direito é alterado ao sabor do poder dominante em sistemas desequilibrados. O regime democrático depende do equilíbrio entre os poderes, ficando sob ameaça quando, como ocorre hoje no Brasil, o Executivo hipertrofiado e seu partido estabelecem uma estratégia para a tomada total do poder como está claro no Programa Nacional de Direitos Humanos - PNDH.

É perigoso um Legislativo fisiológico e moralmente desgastado, que se submete às pressões do Executivo, e um STF com sete de onze ministros indicados pelo presidente da República, hoje um indispensável e oportuno aliado da esquerda radical em seus propósitos. Porém, o PT sabe que sua candidata, mesmo vencendo a eleição presidencial, não é uma liderança nacional capaz de conduzir com êxito o projeto totalitário do partido. Assim, ao contrário do mandato atual, o PT será protagonista nesse eventual governo, daí o empenho em aprovar algumas propostas do PNDH, sem o que será praticamente impossível concretizar a tomada total do poder.

Caso o Legislativo e o Judiciário se dobrem à pressão do Executivo e alterem normas legais e constitucionais que asseguram o regime democrático, a fim de endossar certas propostas do PNDH, o PT irá controlar, cercear a liberdade e conduzir todos os setores da Nação ao encontro de seu projeto de poder. Para isso, utilizará as comissões e conselhos previstos no Programa que, aparelhados pelo partido, serão a versão nacional dos comissários do povo e sovietes das jurássicas repúblicas socialistas.

Um dos objetivos imediatos da esquerda radical é a neutralização das FA, sendo a Comissão da Verdade uma tentativa de deixá-las inertes e na defensiva. A alteração do texto do PNDH não impede o propósito de apresentar uma versão facciosa dos eventos históricos, objetos da comissão. Ela está sendo preparada por um grupo de trabalho totalmente parcial, portanto, seu nome pode ser qualquer um menos Comissão da Verdade. As FA são comprometidas unicamente com a Nação, o Estado e a Constituição como devem ser nos regimes democráticos. A esquerda radical pretende enfraquecer este compromisso e redirecioná-lo para o partido; o que será impossível, pois as FA teriam de negar o próprio berço e a histórica aliança com o povo brasileiro e suas aspirações, entre elas a de liberdade.

A visão de futuro da esquerda radical é a de um Estado forte, de economia planificada centralizadamente e com grandes empresas estatais. Baseia-se em uma aliança tácita que apóia, mas controla o empresariado, cujo lucro e gestão dependerão dos financiamentos do governo e dos fundos de pensão nas mãos do Estado. O modelo se assemelha ao capitalismo de estado chinês, adaptado ao perfil nacional, como se deduz das Diretrizes Programáticas do PT – 2011/2014. É um projeto desenvolvimentista para transformar o Brasil em uma potência política, econômica e militar, mas seu custo é a perda da liberdade, uma cara aspiração nacional. Hoje, essa esquerda alia-se com defensores dos direitos humanos, ambientalistas e altas lideranças políticas oportunistas, mas quando estiver fortemente assentada no poder vai se descartar destes incômodos companheiros de viagem, a exemplo dos conhecidos expurgos das revoluções totalitárias.

Visão prospectiva não é adivinhação, mas avaliação de tendências e, em estratégia, o tempo se conta por décadas, não a cada ano. A esquerda radical vê a possibilidade de permanecer no poder até 2022, tempo bastante para concretizar sua estratégia de tomada total do poder já em andamento.

Na Carta Magna, está clara a opção da Nação pelo regime democrático, como se vê no Preâmbulo, Capítulo I e artigo 5º. O Brasil não quer ser um país igual à China do massacre da Praça Celestial e da internet censurada; à Venezuela do desabastecimento, incompetência e ditadura bolivariana; à Cuba dos presídios, "paredões" e fuzilamentos; e ao Irã das eleições fraudadas, prisões e assassinatos de opositores. Neste e nos próximos anos, a vontade da Nação e a estabilidade das instituições, entre elas as FA, passarão por um teste decisivo para o futuro de nossa democracia.